A classificação geral do IDHM do Brasil mudou de "muito baixo" (0,493) em 1991, para médio" (0,612) em 2000e agora pela última análise em 2010 fomos considerados como "alto desenvolvimento humano" (0,727).
Já para o Estado do Rio de Janeiro verificamos um gráfico de crescimento na mesma ordem, entretanto com os valores levemente mais altos:
Já para cada cidade que envolve a Baia de Guanabara, verificamos:
Cabe observar que entre as cidades de entorna ao Baia de Guanabara, Niteroi possui em todos os anos de análise o maior IDHM, e já Guapimirim o menor. Entre as cidades destacadas para elaboração do ERSB destacamos também numa continuidade o maior IDHM para Nilópolis e o menor para Belford Roxo, conforme observa-se no gráfico abaixo:
Mas, para um entendimento maior devemos saber que o IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Entretanto o IDH municipal também tem critérios diferentes do IDH global.
Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação "desenvolvimento muito alto", seguido por renda (0,739; "alto") e por educação (0,637; "médio"), o mesmo acontece para os Municípios envolvidos pelo ERSB, como observa-se abaixo:
Nome do Município | Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Dimensão Educação | Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Dimensão Longevidade | Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Dimensão Renda | ||||||
1991 | 2000 | 2010 | 1991 | 2000 | 2010 | 1991 | 2000 | 2010 | |
BELFORD ROXO | 0,288 | 0,417 | 0,598 | 0,630 | 0,717 | 0,808 | 0,566 | 0,620 | 0,662 |
DUQUE DE CAXIAS | 0,320 | 0,458 | 0,624 | 0,670 | 0,726 | 0,833 | 0,604 | 0,652 | 0,692 |
MESQUITA | 0,383 | 0,512 | 0,678 | 0,687 | 0,742 | 0,839 | 0,610 | 0,672 | 0,704 |
NILÓPOLIS | 0,414 | 0,563 | 0,716 | 0,685 | 0,724 | 0,817 | 0,636 | 0,694 | 0,731 |
NOVA IGUAÇU | 0,315 | 0,453 | 0,641 | 0,675 | 0,717 | 0,818 | 0,595 | 0,656 | 0,691 |
RIO DE JANEIRO | 0,483 | 0,607 | 0,719 | 0,714 | 0,754 | 0,845 | 0,757 | 0,803 | 0,840 |
SÃO JOÃO DE MERITI | 0,338 | 0,489 | 0,646 | 0,670 | 0,744 | 0,831 | 0,598 | 0,655 | 0,693 |
Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos, esse avanço é resultado de uma maior frequência de jovens na escola, de acordo das análises pelo PNUD. No indicador longevidade, o crescimento foi 23% entre 1991 e 2010; no caso de renda, a alta foi de 14%.
Para se entender as faixas de classificação do IDHM, verifique a imagem abaixo:
"O Brasil tem mostrado um progresso extraordinário em termos de saúde, educação e distribuição de renda. Isso mostra que é possível, em pouco tempo, mudar as condições de um país", disse Jorge Chediek, representante residente do PNUD.
As regiões Sul e Sudeste têm a maioria dos municípios concentrada na faixa de “alto desenvolvimento humano”, 64,7% e 52,2%, respectivamente. No Centro-Oeste e no Norte, a maioria dos municípios é considerada como “médio desenvolvimento”: 56,9% e 50,3%, respectivamente.
O conceito de desenvolvimento humano é bem diferente de crescimento econômico, pois no primeiro está relacionado ao processo de ampliação das escolhas das pessoas (capacidades e oportunidades) para serem aquilo que desejam ser. Já o segundo considera o bem-estar somente pelo recursos ou renda que a sociedade pode gerar, isto é, a renda é importante, mas como um dos meios do desenvolvimento e não como seu fim. Desta forma este conceito de desenvolvimento vai muito além do econômico ao considerar características sociais de influencia a qualidade de vida, como: culturais.
“É uma mudança de perspectiva: com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento econômico, ou da renda, para o ser humano.” (PNUD)
1. IDHM
IDHM 1991 | IDHM 2000 | IDHM 2010 |
Entre o período de 1991 a 2010 os municípios obtiveram crescimento do IDHM, no seguinte percentual: Belford Roxo em 46,15%; Duque de Caxias em 40,51%; Mesquita em 35,73% ; Nilópolis em 33,27; Nova Iguaçu em 42,03%; Rio de Janeiro em 25,04%; e São João de Meriti em 39,88%. Em todas as cidades se mantiveram abaixo da média de crescimento nacional que foi de 47,46%, ainda que esteja acima da média de crescimento estadual que foi de 32,81%.
Entre 1991 e 2010 a renda per capita média teve um crescimento de: 80,95% para Belford Roxo; 72,54% Duque de Caxias; 79,72% para Mesquita; 80,90% para Nilópolis; 81,64% para Nova Iguaçu; 68,27% para Rio de Janeiro; e 80,56% para São João do Meriti, assim como a extrema pobreza possuem menos pessoas que se enquadram nesta medida. O índice de Gini apresentou uma oscilação bem pequena ainda que esteja de forma incipiente baixando, entretanto o Rio de Janeiro ainda está acima de 0,5 (o seu valor é de 0,62).
OBS1: Extrema Pobreza é medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010
OBS2: O Índice de Gini é um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.
2. IDHM - Renda
IDHM 1991 - Renda | IDHM 2000 - Renda | IDHM 2010 - Renda |
Entre 1991 e 2010 a renda per capita média teve um crescimento de: 80,95% para Belford Roxo; 72,54% Duque de Caxias; 79,72% para Mesquita; 80,90% para Nilópolis; 81,64% para Nova Iguaçu; 68,27% para Rio de Janeiro; e 80,56% para São João do Meriti, assim como a extrema pobreza possuem menos pessoas que se enquadram nesta medida. O índice de Gini apresentou uma oscilação bem pequena ainda que esteja de forma incipiente baixando, entretanto o Rio de Janeiro ainda está acima de 0,5 (o seu valor é de 0,62).
OBS1: Extrema Pobreza é medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010
OBS2: O Índice de Gini é um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.
3. IDHM - Longevidade
IDHM 1991 - Longevidade | IDHM 2000 - Longevidade | IDHM 2010 - Longevidade |
A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Nas duas ultimas décadas a esperança de vida teve a seguinte evolução nos municípios de: Belford Roxo, aumentou em 10,7 anos (passando de 62,8 anos em 1991 para 68,0 anos em 2000, e para 73,5 anos em 2010); Duque de Caxias aumentou em 9,8 anos (passando de 65,2 anos em 1991 para 68,5 anos em 2000, e para 75,0 anos em 2010); Mesquita aumentou em 9,1 (passando de 66,2 anos em 1991 para 69,5 anos em 2000, e para 75,3 anos em 2010); Nilópolis aumentou em 7,9 anos (passando de 66,1 anos em 1991 para 68,4 anos em 2000, e para 74,0 anos em 2010); Nova Iguaçu aumentou em 8,6 anos (passando de 65,5 anos em 1991 para 68,0 anos em 2000, e para 74,1 anos em 2010); Rio de Janeiro aumentou em 7,8 anos (passando de 67,9 anos em 1991 para 70,3 anos em 2000, e para 75,7 anos em 2010); e São João de Meriti aumentou 9,7 anos (passando de 65,2 anos em 1991 para 69,7 anos em 2000, e para 74,9 anos em 2010). Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de 75,1 anos e, para o país, de 73,9 anos.
4. IDHM - Educação
IDHM 1991 - Educação | IDHM 2000 - Educação | IDHM 2010 - Educação |
A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação, este índice de forma sintético a Educação é um dos 3 componentes do IDHM., e é obtido através da média geométrica do subíndice de frequência de crianças e jovens à escola, com peso de 2/3, e do subíndice de escolaridade da população adulta, com peso de 1/3.
IDHM Educação 1991 | IDHM Educação 2000 | IDHM Educação 2010 | |
Brasil | 0.279 | 0.456 | 0.637 |
Rio de Janeiro | 0.392 | 0.530 | 0.675 |
Belford Roxo (RJ) | 0.288 | 0.417 | 0.598 |
Duque de Caxias (RJ) | 0.320 | 0.458 | 0.624 |
Mesquita (RJ) | 0.383 | 0.512 | 0.678 |
Nilópolis (RJ) | 0.414 | 0.563 | 0.716 |
Rio de Janeiro (RJ) | 0.483 | 0.607 | 0.719 |
São João de Meriti (RJ) | 0.338 | 0.489 | 0.646 |
Outros subíndices
Existem outros subíndices levantados para o cálculo do valor do IDHM, destacamos e comparativo semelhante ao anterior.
1. HABITAÇÃO - % da População em domicílio com água encanada
1991 | 2000 | 2010 |
% da população em domicílios com água encanada | 1991 | 2000 | 2010 |
Belford Roxo |
85,64
|
83,52
|
94,35
|
Duque de Caxias | 86,99 | 86,34 | 94,78 |
Mesquita | 93,13 | 91,37 | 96,45 |
Nilópolis | 96,78 | 96,07 | 98,61 |
Nova Iguaçu | 88,23 | 89,63 | 96,48 |
Rio de Janeiro | 96,62 | 97,06 | 99,02 |
São João de Meriti |
92,96
|
93,51
|
97,73
|
2. VULNERABILIDADE - % de pessoas em domicílios com sistemas inadequados de abastecimento de água e esgotamento sanitário
1991 | 2000 | 2010 |
% de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados
|
1991
|
2000
|
2010
|
Belford Roxo |
2,41
|
5,90
|
2,98
|
Duque de Caxias |
1,29
|
5,59
|
3,23
|
Mesquita |
1,77
|
1,43
|
0,57
|
Nilópolis |
0,21
|
0,50
|
0,02
|
Nova Iguaçu |
1,65
|
3,76
|
2,65
|
Rio de Janeiro |
0,53
|
0,60
|
0,30
|
São João de Meriti |
1,41
|
1,37
|
0,44
|
Bibliografia:
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br. Acesso em: 12 ago 2013.FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, Consulta – Espacialidade/ Indicadores. Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/consulta. Acesso em: 12 ago 2013.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO - PNUD. Atlas Brasil 2013: Tabelas complementares para avaliação dos municípios brasileiros, 29 jul. 2013. Disponível em: http://www.pnud.org.br/Noticia.aspx?id=3750. Acesso em: 12 ago 2013.
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